segunda-feira, 9 de março de 2009

Igreja

Sou católica desde pequena e praticante há dez anos.
Vou na missa de domingo, comungo, só não confesso por pura preguiça.
Condeno algumas atitudes da igreja católica como aquele bispo do Recife que não tinha o que fazer e saiu excomungando todo mundo no caso da menina estuprada e grávida de gêmeos aos nove anos.


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Recentemente me mudei para Pinheiros. Eu frequentava uma igreja muito bacana em Moema. Gostava de lá por duas razões:
1 - a igreja não tem imagens de santos
2 - Os padres eram sensatos.

Resolvi "testar" uma nova paróquia no meu bairro, que também não ostenta imagens de santos. Fui ver a missa lá ontem à tarde enquanto o Ronaldo fazia seu gol da glória corinthiana.
No sermão, o padre abordou o tema do bispo mas não se aprofundou. Deu para perceber que ele estava contra a opinião do seu colega de clero.

Ao final da missa um padre mais velho, acho que é ele quem comanda a paróquia, subiu no púlpito e disse que precisava se posicionar pois muitas pessoas da comunidade queriam a opinião da igreja que frequentam sobre o caso.
Ele disse que o bispo perdeu uma chance preciosa de ficar calado, que um pai de santo deu uma opinião muito melhor. O pai de santo disse: cada um na sua.
Ele mencionou que a igreja já errou muito na idade média e deu como exemplo Joana D´Arc.
Disse que neste caso, são todos filhos de Deus e que o maior ensinamento de Jesus não foi seguido e nem disseminado pelo bispo - Deus ama a todos, não importa quem seja. Até o padrasto estuprador é amado por Deus (cai entre nós, embora não mereça).
Disse também que as leis de Deus devem evoluir conforme os anos passam, que tem que usar o bom senso.

Veja, em nenhum momento ele condenou ou defendeu o aborto. Ele defendeu as pessoas.

E a Igreja da Cruz Torta acabou de ganhar uma fiel.

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